Reuters
17/01/2002 - 19h28

Cineastas levam consciência social ao festival de Sundance

da Reuters

O Festival de Cinema de Sundance chegou perto do fim hoje, com o misto usual de astros e estrelas, festas, contratos com Hollywood e, como sempre, filmes independentes esdrúxulos que fizeram o público aplaudir e vaiar -em alguns casos, ao mesmo tempo.

O maior ponto de encontro do cinema independente norte-americano teve sua atenção voltada a um novo grupo de cineastas dotados de consciência social e que vieram lançar filmes como a comédia séria "Pumpkin" e o pseudo-documentário "The Laramie Project", sobre o assassinato do gay Matthew Shepard.

Os pontos de vista de cineastas novatos, veteranos do cinema independente e astros e estrelas de Hollywood diferem, mas todos citaram a tradição que do cinema underground de encarar questões difíceis das quais Hollywood prefere fugir.

Para Christina Ricci, 21, que produziu e estrelou "Pumpkin", a diferença, em 2002, não está tanto nos temas tratados, mas no tratamento que eles estão recebendo.

"Acho que minha geração é bem menos indulgente'', explicou. ''Antes, havia a idéia de que 'isto é cinema de arte, podemos fazer o que quisermos. Podemos fazer filmes horríveis porque são de arte, filmes socialmente irresponsáveis porque somos artistas'... É dessa indulgência da qual eu falo, e acho que ela deixou de existir.''

Mais de 170 filmes estão participando do festival de Sundance este ano, realizado numa cidade de montanha recoberta de neve. Muitos estão à venda.

O festival começou na quinta passada com a estréia de "Laramie Project'', que teve a presença de Robert Redford, um dos fundadores de Sundance. O auge se dará no sábado, com a cerimônia de premiação.
 

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