Reuters
21/01/2002 - 15h49

Cúpula de paz convocada pelo papa pregará contra a guerra

da France Presse, em Assis (Itália)

Líderes religiosos do mundo todo, de cristãos a muçulmanos, de budistas a animistas, devem se reunir em Assis (Itália) na quinta-feira (24) a fim de pedir pela paz e prometer nunca mais usar o nome de Deus para justificar a violência.

O papa João Paulo 2 convocou o encontro em novembro, convencido de que os ataques contra os EUA e as medidas que se seguiram mostravam que os líderes religiosos deveriam renovar seu comprometimento com a paz.

Reuters - 21.mai.2001
João Paulo 2º, 81, no Vaticano
"Depois dos trágicos ataques do último 11 de setembro, que nunca serão esquecidos, e em vista da ameaça de novos conflitos, os religiosos acreditam na necessidade de intensificar suas preces para a paz, porque isso é, acima de tudo, um presente de Deus", disse o papa ontem.

"Diante da violência que atinge muitas partes do mundo hoje, sentimos a necessidade de mostrar que as religiões podem alimentar a solidariedade, rejeitando e isolando os que exploram o nome de Deus com objetivos e com intenções que ofendem Deus", disse João Paulo 2º.

O líder católico deseja que o encontro, a ser realizado na cidade em que nasceu São Francisco, o santo mais ligado à paz, ajude em especial a melhorar as relações entre os muçulmanos e as demais religiões.

Acredita-se que os ataques contra os EUA foram realizados por ativistas islâmicos.

"Chega de violência. Chega de guerra. Chega de terrorismo", diz o documento que o papa, 81, irá ler em nome dos católicos na quinta-feira em Assis, cidade da região central da Itália.

Outros líderes -cerca de 175 deles divididos em mais de dez organizações religiosas- devem ler a mesma mensagem em várias outras línguas. A leitura será feita em uma tenda branca construída do lado de fora da Basílica de São Francisco, restaurada depois do terremoto de 1997.

Leia mais no especial João Paulo 2º
 

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