Polícia indiana liga ataque em Calcutá a atentado nos EUA
da Reuters, em Nova Déli (Índia)A polícia indiana, que investiga o tiroteio em frente ao centro cultural norte-americano de Calcutá, disse hoje que segue uma pista que leva aos envolvidos com os atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos.
Uma autoridade do Escritório Central de Investigação (CBI, na sigla em inglês) disse em Nova Déli que já entregou às autoridades norte-americanas um inquérito vinculando os dois casos.
Esse documento ganha importância por causa da declaração feita ontem pelo ministro do Interior, Lal Krishna Advani, de que os responsáveis pelo ataque são ligados ao serviço de inteligência paquistanês -acusação enfaticamente negada por Islamabad.
Pelo menos quatro policiais que faziam a vigilância do centro foram mortos no ataque, na manhã de ontem, cometido por atiradores que estavam em duas motos. Outras 20 pessoas ficaram feridas -nenhum norte-americano.
O foco da investigação é o grupo do suposto militante Asif Raza Khan, morto no ano passado quando tentava fugir de uma prisão de Gujarat (oeste da Índia). A polícia disse que um grupo que assumiu a autoria do atentado disse agir para vingá-lo.
Uma autoridade de inteligência disse que Khan havia confessado o envio de US$ 100 mil ao egípcio Mohammed Atta, um dos sequestradores de 11 de setembro. O dinheiro foi obtido por meio de sequestro e mandado a Atta por um intermediário.
O subchefe do serviço de inteligência em Gujarat, Vipul Vijay, disse que Khan "tinha um desejo fervente de fazer algo pela causa islâmica".
Segundo sua confissão, Khan recebeu treinamento na parte paquistanesa da Caxemira. O Paquistão nega ter treinado e armado militantes islâmicos. Admite apenas apoio diplomático à luta deles contra a presença indiana na região.
Preso em 1994 e 2001, Khan admitiu trabalhar para uma pessoa de Dubai, conhecida como Farhan, Aftab Malik ou Aftab Ansari. Segundo a Índia, esse homem assumiu a autoria pelo atentado de Calcutá.
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