Grupo planejava onda de terror na Índia, diz jornal
da Reuters, em Nova Déli (Índia)Um líder indiano, acusado de ter elaborado o ataque contra o centro cultural dos Estados Unidos em Calcutá, planejava uma onda de "ações terroristas" que incluiria o assassinato do principal cientista da área nuclear do país, disse hoje o jornal "Hindustan Daily".
Atribuindo suas informações a um documento da polícia secreta indiana, o jornal afirmou que Farhan Malik, também conhecido como Aftab Malik e Aftab Ansari, desejava trocar acesso a sua rede de crime na Índia por armas e treinamento oferecidos por grupos terroristas com base no Paquistão.
Segundo o jornal, Farhan pretendia assassinar o cientista A.P.J. Abdul Kalam, conhecido como o "Homem do Míssil", atacar um centro de pesquisa em Bombaim e sequestrar o capitão de críquete Saurav Ganguly e a estrela do esporte Sachin Tendulkar.
Tendulkar seria trocado por um resgate e Ganguly seria mantido detido até a libertação de um guerrilheiro preso.
Farhan, alvo de um mandado de prisão da Interpol, encontra-se agora em Islamabad, capital do Paquistão, disse o documento citado pelo jornal.
Alguns dos homens de Farhan foram treinados no Paquistão pelo grupo Lashkar-e-Taiba, uma das duas organizações islâmicas acusadas pelo ataque suicida de 13 de dezembro contra o Parlamento indiano.
O ataque, que deixou 14 mortos, detonou o atual impasse militar entre as duas potências nucleares.
Segundo o governo indiano, o grupo de Farhan e o Lashkar também realizaram o ataque da semana passada contra um centro cultural norte-americano na cidade de Calcutá (leste da Índia). Quatro policiais foram mortos a tiros na ação.
Leia mais no especial Conflito Índia-Paquistão