Reuters
30/01/2002 - 18h05

Luma de Oliveira pode ser vetada na Sapucaí

da Reuters, no Rio de Janeiro

Os fotógrafos do Rio ameaçam dar a Luma de Oliveira o mesmo tratamento que deram ao ex-presidente João Figueiredo, em 1984, quando em Brasília fotógrafos se recusaram a registrar o general descendo a rampa do Planalto, como sempre faziam, em protesto contra a proibição para que se aproximassem muito de Figueiredo.

A cena, com todas as máquinas fotográficas no chão aos pés de um espantando presidente, foi registrada apenas por um dos fotógrafos e enviada a todos os jornais do país.

A mesma encenação poderá se repetir na Marquês de Sapucaí, como retaliação ao processo que a ex-modelo e empresária move contra o fotógrafo do Estado de São Paulo Wilton Júnior, autor da foto da sua agora famosa calcinha cor da pele, no ensaio da Unidos da Viradouro.

"Vamos cruzar os braços e apenas um vai fotografar ela (Luma) diante de um corredor de fotógrafos de braços cruzados, deixando claro nosso protesto contra a posição autoritária que ela adotou, que lembra os tempos da ditadura", informou à Reuters o presidente da Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Rio de Janeiro (Arfoc), Alberto Jacob Filho.

"Ela se utilizou de um instrumento muito comum na época da ditadura, que é o artigo 22 da Lei de Imprensa, que condena a um ano de prisão quem "injuriar alguém ofendendo-lhe a dignidade", só que nesse caso, foi ela que provocou a injúria e temos certeza que o juiz não vai dar pena nenhuma para o Wiltinho", aposta Jacob Filho da Arfoc.

Preferindo não fomentar a polêmica, Luma de Oliveira, por meio do seu empresário e irmão, Men, garantiu que está pronta para brilhar mais uma vez no carnaval carioca, onde desfila desde 1987, e não vai mudar em nada seu comportamento na avenida.
 

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