Agrava-se guerra de palavras entre Israel e Irã
da Reuters, em JerusalémO governo israelense rebateu as insinuações feitas pelo Irã de que poderia atacar uma usina nuclear do país islâmico, aprofundando a guerra de palavras que acontece às vésperas da visita do primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, aos Estados Unidos.
Autoridades israelenses descartaram as sugestões feitas pelo Irã de uma resposta "inimaginável" caso Israel atacasse. O chanceler do Estado judaico, Shimon Peres, afirmou que o Irã estava transformando o Líbano em uma "bola de explosivos" ao fornecer mísseis para a guerrilha Hizbollah.
O tom duro das declarações alimentou temores de uma nova onda de violência no Oriente Médio, já tomado pelos choques entre israelenses e palestinos. A maior parte dos especialistas disse, porém, ser improvável a eclosão de um conflito regional neste momento.
"Israel nunca teve nem tem a intenção de atacar o Irã", afirmou o ministro dos Transportes do país, Ephraim Sheh, ex-vice-ministro da Defesa.
Dan Meridor, integrante do gabinete de governo de Israel, disse que o país não estava interessado em um conflito com o Irã, mas tentava convencer a Rússia e outros países a cortarem laços com a República Islâmica se ela continuasse a desenvolver armas de destruição em massa.
Os comentários israelenses foram feitos depois de um alerta lançado pelo ministro da Defesa do Irã, almirante Ali Shamkhani: "Se Israel realizar uma ação militar contra o Irã, irá se deparar com uma resposta inimaginável".
O governo israelense intensificou as críticas à liderança iraniana depois de ter apreendido um navio carregado de armas no mar Vermelho no mês passado. Os EUA disseram que a carga vinha da República Islâmica e seria entregue aos palestinos.
O país e a Autoridade Palestina negam envolvimento na transação.
Os EUA também pressionam o Irã, a quem acusam de fabricar armas de destruição em massa. Na semana passada, o presidente norte-americano, George W. Bush, afirmou que o país, o Iraque e a Coréia do Norte formavam um "eixo do mal".
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