Reuters
05/02/2002 - 17h31

Guardas "virtuais" ajudarão a vigiar fronteiras entre países

da Reuters, em São Francisco (EUA)

A figura do guarda de fronteira —geralmente antipático— examinando velhos passaportes está prestes a receber uma maquiagem de alta tecnologia —os viajantes deverão passar por um vigilância eletrônica inédita.

A introdução de ferramentas mais sofisticadas em fronteiras já está despertando críticas de defensores de liberdades civis e de alguns viajantes. Mas com a lentidão causada pelo aumento da segurança na imigração e na alfândega, a melhoria da tecnologia é vista, cada vez mais, como uma solução para o problema.

A indústria da tecnologia está se preparando para prover o mercado emergente. Cada dia mais, recursos de alta tecnologia, como laptops e aparelhos de mão, estão sendo usados para verificar turistas, checar vistos e confirmar identidades, formando bancos de dados que acabarão por ser usados por autoridades em todo o mundo.

Na Hungria, por exemplo, guardas de fronteira em janeiro começaram a usar laptops com tecnologia sem fio da norte-americana 3Com —que os conectam com redes informatizadas.

O projeto, que envolveu o Ministério da Economia da Hungria, visa reduzir o tempo de processamento dos passaportes e facilitar a vida dos turistas que alimentam a economia do país.

Os guardas de fronteira da Hungria, como muitos outros do mundo, deverão ter outro desafio depois dos ataques de 11 de setembro contra os Estados Unidos: compartilhar dados com o resto do mundo, para detectar estrangeiros que representam uma ameaça à segurança.

O presidente norte-americano, George W. Bush, está pensando em adotar medidas semelhantes. A segurança de fronteira foi mencionada como prioritária no discurso Estado da União, em 29 de janeiro, no qual o presidente prometeu melhorar a inteligência de reunião de dados e "o uso da tecnologia para rastrear as chegadas e partidas dos visitantes dos Estados Unidos".

Essa tecnologia refere-se ao intercâmbio em tempo real de informações, incluindo dados de texto e de imagem, com aparelhos variados, como celulares, câmeras sofisticadas, computadores portáteis e outros. Softwares que detectam padrões de comportamento suspeito também deverão ser usados.

Empresas como a HNC Software (software de detecção de risco), PROS Revenue Management e Acxiom (comportamento de consumo), Nokia (celulares) e Palm (micros de bolso) já estão desenvolvendo novos produtos visando esse mercado.

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