Reuters
07/02/2002 - 08h40

Museu multitemático é atração na sede da Oimpíada de Inverno

da Reuters, em Salt Lake City

Ele não consta do mapa da cidade, e seu nome não figura entre as atrações turísticas oferecidas a quem vai assistir à Olimpíada de Inverno.

Mas, no centro de Salt Lake City existe um museu particular repleto de relíquias, entre eles o paletó usado por Clark Gable em "E o Vento Levou", cartas do fora-da-lei Butch Cassidy e um casaco do mágico Harry Houdini.

"Tenho muitos objetos únicos que não existem em nenhum outro museu no Estado de Utah", disse Steve Lacy, falando da enorme coleção exposta em sua casa.

A coleção acumulada por ele no decorrer dos anos chega às centenas de milhares de objetos e pode valer milhões de dólares.

Apenas convidados podem visitar o museu, onde é difícil identificar qualquer tema determinado em meio à mistura aleatória de peças.

Numa parede vêem-se cartazes originais de "Procura-se" de Butch Cassidy. Perto dali, há fantoches e brinquedos dos anos 1940. No corredor vemos uma vitrola antiga, e, na cozinha, caixas de cereais e latas de comida de meio século atrás.

"Tenho o paletó de Clark Gable de 'E o Vento Levou'", conta Lacy. "Tenho o casaco de Harry Houdini, com 17 bolsos secretos, e mais um pouquinho de tudo".

Boa parte das peças que ele acumulou foram doadas por amigos e parentes. Lacy, 50, possui uma extensa coleção de objetos pertencentes a todos os governadores do Utah.

Durante anos, foi amigo da filha de Matt Warner, um dos integrantes da quadrilha que assaltava bancos com Butch Cassidy. Além disso, possui jornais e fotos de família que trazem uma riqueza de dados históricos, além de ligações com as Olimpíadas.

"Meu avô, Earl Lacy, conhecido como `Masked Marvel', foi o primeiro lutador profissional de luta livre nos anos 1930", contou Lacy. "Meu pai e meu tio foram classificados para as Olimpíadas de 1948."

O ex-professor de teatro numa escola secundária hoje trabalha com crianças deficientes, mas ainda sonha em abrir seu museu para o público, algum dia.

"Tenho tantas coisas que não tenho espaço para mostrar tudo", disse Lacy. "Mostro apenas o suficiente para tentar convencer alguém a me ajudar a conseguir um local para abrir o museu. Esta é minha contribuição para o futuro. A história é importante."

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