Reuters
07/05/2001 - 15h58

Espanha protesta contra assassinato atribuído ao ETA

da Reuters, em Madri

Os espanhóis fizeram hoje vários protestos contra o último assassinato atribuído ao grupo separatista basco ETA (Pátria Basca e Liberdade), enquanto políticos suspenderam suas campanhas na região basca a fim de condenar a ação.

Manuel Gimenez Abad, presidente do PP (Partido Popular) na Província de Aragão (nordeste), foi morto a tiros na cidade de Zaragoza ontem quando caminhava com seu filho de 16 anos para um jogo de futebol.

Esse foi o primeiro assassinato ligado ao ETA desde 20 de março. Segundo autoridades espanholas, a ação aconteceu pouco antes da eleição a ser realizada no próximo domingo (13) no País Basco.

Milhares de pessoas reuniram-se em silêncio do lado de fora das prefeituras de várias cidades.

Manifestantes na capital basca, Vitoria, terminaram o ato gritando: "Liberdade, liberdade."

Fotografias do corpo de Gimenez deitado em uma poça de sangue foram estampadas nas primeiras páginas de todos os grandes jornais da Espanha. "O ETA entra na campanha eleitoral", afirmava a manchete do "Diario 16".

Desde que suspendeu um cessar-fogo no final de 1999, o grupo separatista elegeu os integrantes do PP, de centro-direita, seu principal alvo. O ETA os considera herdeiros do ditador espanhol Francisco Franco, que levou a cabo uma violenta campanha de repressão contra a língua e a cultura bascas durante seu governo.

O grupo disse ser responsável por 29 mortes anteriores ocorridas desde o fim da trégua que durou 14 meses. Cerca de 800 pessoas morreram em ações do grupo.

Hoje, todos os partidos que participam das eleições bascas, com exceção do Euskal Herritarrok (Cidadão Bascos, braço político do ETA), suspenderam suas campanhas para protestar. O pleito ocorre no próximo dia 13.
 

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