Reuters
08/02/2002 - 11h26

Moda de rua adota alta tecnologia em Tóquio

da Reuters, em Tóquio (Japão)

Mari Taniuchi, 25, entra no bairro japonês ultramoderno de Shibuya olhando para uma minúscula tela de computador enfiada na manga de sua jaqueta. Um mapa da área aparece. Ela navega por informações sobre restaurantes e lojas, digitando em um tecladinho costurado em seu punho. Também ouve música com seus fones de ouvido.

A jaqueta branca acolchoada de Mari reflete a mais nova tendência na moda de rua do Japão: um híbrido de roupa e tecnologia que têm suas raízes em um conceito que nunca tinha de fato funcionado: o micro de vestir.

"Nosso país sempre foi bom em miniaturizar geringonças eletrônicas", disse Michie Sone, uma das criadoras da jaqueta de Taniuchi em um projeto do grupo de eletrônicos Pioneer.

Embora a jaqueta ainda esteja em desenvolvimento e não seja disponível comercialmente, a união de acessórios de alta tecnologia com o vestuário é vista como um passo inevitável na indústria da moda japonesa.

Sone lecionava na Faculdade de Moda Bunka, de Tóquio, até o ano passado, quando começou a comandar um projeto de US$ 222,5 mil para desenvolver moda de alta tecnologia ao lado de companhias de eletrônicos, como a Pioneer.

Ela espera criar as roupas definitivas padronizadas que ofereçam a funcionalidade de celulares, assistentes pessoais digitais, laptops, sistemas de rede e MP3 players. Ainda é um desafio, diz ela, que espera que as duas obsessões japonesas pela moda e tecnologia possam produzir um mercado fértil.

Até agora, as tentativas de criar um "micro vestível" foram fracassadas em termos de moda. Quase sempre desenhados por engenheiros de computação, tinham mais enfoque no chip que no corpo, e ficavam confinados às fábricas e laboratórios de universidades.

Sone, estilista de 64 anos e com cabelo azul, quer que o conceito tenha apelo para as massas. Ela até já cunhou um termo: "moda de mídia".

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