Reuters
10/02/2002 - 00h56

Maracatu e hardcore abrem "Carnaval Off" de Recife

da Reuters, em Recife

A mistura de ritmos como maracatu, coco, hardcore e rap deu a largada na noite deste sábado ao Rec-Beat, o festival alternativo do Carnaval pernambucano.

Em sua sétima edição, o festival divide, com os tradicionais blocos de frevo, as atenções dos milhares de foliões que invadem as ruas de Recife Antigo, zona portuária da capital revitalizada no início dos anos 1990 e que abriga desde 1994 um Carnaval de rua tão popular quanto o das ladeiras de Olinda.

A primeira banda a entrar no palco no Pólo Mangue, um dos quatro pólos de animação do Recife Antigo, foi a Maciel Salú, de Pernambuco, que trouxe os sons do maracatu, do coco e da ciranda da Zona da Mata do Norte do Estado.

Ritmos que também são a marca do Balé Popular do Recife, formada por 10 percussionistas e 15 bailarinos, que sacudiu a platéia com o espetáculo "Brasílica, Música e Dança".

De São Paulo, vieram a banda de metal e hip hop "69 Centavos" e o rapper "Xis". A noite será encerrada pelo grupo "Devotos", de Pernambuco.

O festival, que dura os quatro dias de Carnaval, terá ao todo 32 atrações. Uma novidade neste ano é a inserção da música eletrônica, que ganhou um espaço especial, a Tenda Manguetown, armada no local onde também estão previstos desfiles de coleções de estilistas locais. Oito DJs, entre eles o DJ Dolores e Patife, farão o som da tenda.

O evento, que já reuniu nomes como "Mundo Livre", "Mestre Ambrósio" e "Funk Como Le Gusta", começou em 1995, em Olinda, mas foi transferido para Recife quatro anos depois.

Ainda vão passar pelo palco do Rec-Beat o pernambucano Otto, a banda "Reggae B", do Paralama Bi Ribeiro, Nando Reis e "Os Bluesmen", de Nasi, do Ira!, além de bandas da região.

Galo da Madrugada abriu a folia
O tradicional "Galo da Madrugada", considerado o maior bloco do planeta pelo livro dos recordes "Guiness Book", abriu oficialmente o Carnaval de Recife, arrastando mais de um milhão de foliões, pelas estimativas da Polícia Militar.

O galo, que vestiu smoking para comemorar seu jubileu de prata, tomou conta das ruas da zona central da capital pernambucana a partir das 6h da matina e levou a multidão a pular o frevo até o fim do dia.
 

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