Reuters
08/05/2001 - 13h09

Macedônia ataca guerrilha e negocia governo de coalizão

da Reuters, em Vakcince (Macedônia)

A Macedônia usou tanques, canhões, helicópteros e artilharia de longo alcance para investir contra posições da guerrilha de origem albanesa hoje, dia em que os partidos do país finalizavam um acordo para a formação de um governo de unidade nacional.

Bombas, foguetes e tiros de metralhadora atingiram as vilas de Slupcane e Vakcince, deixando colunas de fumaça no céu. A resposta dos guerrilheiros parece ter sido limitada.

"A operação militar irá continuar hoje em Slupcane e Vakcince", afirmou Antonio Milosovski, porta-voz do governo. As duas vilas são consideradas importantes refúgios dos rebeldes e estão sob ataque das forças oficiais desde quinta-feira (3).

Nas primeiras horas de hoje, depois de uma maratona de negociações que incluiu reuniões entre o chefe da área de segurança da UE (União Européia), Javier Solana, o presidente macedônio, Boris Trajkovski e líderes de todos os maiores partidos do país, o primeiro-ministro Ljubco Georgieviski disse que um governo de coalizão seria formado em breve.

"A parte mais importante do acordo foi acertada. Estou confiante no fato de que formaremos uma ampla coalizão amanhã. Há alguns pontos de divergência ainda a serem acertados", afirmou o premiê.

Georgieviski disse que os dois maiores partidos da oposição -os socialistas, dominados pela maioria eslava, e o Partido para a Prosperidade Democrática (PDP), de origem albanesa- iriam participar do governo.

A manobra criaria um governo com uma maioria de no mínimo dois terços no Parlamento, o que daria à coalizão poderes para aprovar novas leis e fazer reformas constitucionais necessárias para cumprir as promessas de igualdade feitas à minoria albanesa do país.

Segundo políticos macedônios, aumentavam as chances de que fosse formado um governo com todos os 14 partidos que detêm cadeiras no Parlamento.
 

FolhaShop

Digite produto
ou marca