Japão pode permitir que mulheres assumam o trono
da Reuters, em TóquioO partido no poder no Japão, o Liberal Democrático (LDP), vai pela primeira vez estudar a mudança da lei para permitir que mulheres herdem o trono da monarquia mais antiga do mundo, o Trono de Crisântemo, disse hoje o jornal "Yomiuri Shimbun".
No sistema atual, apenas homens podem assumir o trono e as sucessões acontecem apenas com a morte do imperador.
O partido, presidido pelo primeiro-ministro reformista Junichiro Koizumi vai estudar mudanças na lei, disse o "Yomiuri".
O Japão enfrenta uma crise de sucessão já que nenhum herdeiro homem nasceu na família imperial em três décadas.
No dia 17 de abril, a Agência Imperial anunciou que a princesa Masako parecia estar grávida, mas que mais testes eram necessários. Caso o bebê seja um menino, ele será o segundo na linha de sucessão.
Masako casou há oito anos com o príncipe herdeiro Naruhito, e no final de 1999 sofreu um aborto após uma breve gravidez.
Os japoneses temem que a linha sucessória pode chegar ao fim se a atual lei que estipula que o trono deve passar de pai para filho não for mudada.
O LDP vai estudar a possibilidade de rever a lei que permite a renúncia do imperador, disse o Yomiuri.
O imperador Akihito, 67, ascendeu ao trono em 1989, após a morte de seu pai, imperador Hirohito.