Reuters
25/02/2002 - 19h47

EUA investigam na Itália túnel para suposto ataque à embaixada

da Reuters, em Roma

Especialistas em segurança dos Estados Unidos chegaram a Roma para inspecionar um túnel que investigadores italianos suspeitam ser parte do plano de um grupo de marroquinos para um ataque químico à embaixada dos EUA.

Separadamente, os advogados de quatro dos oito marroquinos disseram que haviam pedido a revisão de todos os elementos do caso ao tribunal e que haviam começado suas próprias investigações. Um funcionário da embaixada dos Estados Unidos disse que a polícia italiana tinha muitas provas circunstanciais, mas ainda nada conclusivo.

"A maior parte dos especialistas parece acreditar que, pelo menos até este momento, seria muito difícil fazer isso (atacar a embaixada por meio subterrâneo), mas... nós levamos todas essas coisas muito a sério", disse o funcionário a jornalistas.

Segundo ele, dois especialistas do Departamento de Segurança devem descer ao labirinto de túneis subterrâneos de Roma amanhã para avaliar a possibilidade de a embaixada ser atacada por ali.

As forças de segurança italiana têm estado em alerta máximo desde os ataques de 11 de setembro, sendo que Washington alertou que o país é vulnerável a atos de terrorismo. A polícia já prendeu mais de 20 suspeitos na Itália nos últimos cinco meses, mas a prisão de quatro dos marroquinos na última terça-feira provocou o maior alarme.

Os quatro homens portavam grandes quantidades de cianeto e pólvora, além de mapas da rede de água ao redor da embaixada dos Estados Unidos, na sofisticada região de Via Veneto, no centro de Roma.

Os advogados de defesa dos quatro homens disseram que seus clientes eram inocentes e que eles haviam feito um pedido para uma revisão oficial da investigação.

Os advogados de defesa se pronunciaram um dia depois de um juiz determinar que os marroquinos permaneçam sob custódia, já que podem pertencer a uma "organização terrorista".

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