Reuters
03/03/2002 - 17h12

Guerra dos EUA contra Iraque seria um "novo Vietnã", diz premiê

da Reuters, em Paris

Os Estados Unidos enfrentariam uma derrota similar a do Vietnã se atacassem o Iraque, disse o vice-premiê iraquiano, Tareq Aziz, ao jornal francês "Le Figaro".

Com Washington recusando-se a desistir de uma invasão no Iraque como parte de sua "guerra contra o terrorismo", Aziz alertou o presidente norte-americano, George W. Bush, a esperar muitas baixas em suas forças caso elas tentem conter o presidente iraquiano, Saddam Hussein.

"Se Bush invadir o Iraque, ele irá falhar porque o povo do Iraque vai lutar até o fim. Para os norte-americanos, não será um desfile militar", disse Aziz ao jornal.

Ele comparou o Iraque ao Vietnã quando as forças dos EUA foram expulsas do solo vietnamita há mais de 25 anos.

"Não foi a selva que permitiu ao Vietnã ganhar, mas a determinação. Os iraquianos irão lutar em todas as ruas e em todas as casas", disse Aziz.

Na quinta-feira (28), o ministro iraquiano de Relações Exteriores Naji Sabri deve se encontrar com o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, que está esperançoso de que vai conseguir levar de volta ao Iraque inspetores de armas, que deixaram o país em 1998 e não receberam autorização para retornar.

A missão dos inspetores é verificar se existem armas nucleares, biológicas e químicas, além de programas de mísseis de longo alcance.

As declarações do vice-premiê iraquiano acontecem no mesmo momento em que um democrata norte-americano disse que os EUA podem realizar um ataque surpresa contra o Iraque.

Bush afirmou que o Iraque, ao lado do Irã e da Coréia do Norte, fazem parte de um "eixo do mal", por produzirem armas de destruição em massa e por apoiarem terroristas.

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