Reuters
06/03/2002 - 17h06

Vida no "gabinete paralelo" do governo dos EUA é monótona

da Reuters, em Washington

A vida no bunker secreto do "gabinete paralelo" norte-americano é tão monótona e rotineira quanto a vida no governo de fato em Washington, de acordo com descrições feitas hoje pela Casa Branca.

O porta-voz Ari Fleischer descreveu a operação como sendo um grupo de 75 a 100 burocratas de nível médio do governo que não fazem nada além do trabalho do dia-a-dia em um local subterrâneo seguro, mantido caso um ataque catastrófico destrua a capital do país.

O plano de contingência foi projetado há 5 décadas com o objetivo de manter o governo em funcionamento no caso de um ataque nuclear.

O presidente Bush ativou o programa nas horas que se seguiram aos atentados de 11 de setembro, que atingiram o World Trade Center e o Pentágono. O plano era uma medida provisória, mas vai continuar por tempo indeterminado, por precaução.

"O que acontece em um local transferido da sede do governo em Washington é que um grupo de pessoas que trabalham para o governo estão fazendo em um local seguro exatamente o mesmo que fariam se estivessem em seus escritórios em Washington", disse Fleischer .

O porta-voz disse que os funcionários civis mantêm as atividades diárias do governo caso haja uma "calamidade em Washington que destrua os prédios do governo".

Funcionários civis se revezam no bunker subterrâneo afastado da capital federal, onde moram e trabalham por um período máximo de três meses de cada vez.

Eles são recrutados em todos os departamentos do gabinete e de várias agências do governo para o "dever no bunker" e vivem e trabalham sob a terra 24 horas por dia, longe de suas famílias.

"Não aceito a idéia de que haja um governo paralelo. Não há", afirmou Fleischer.

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