Famílias de barco afundado por submarino vão processar EUA
da Reuters, em TóquioO pai do estudante que morreu quando um submarino dos Estados Unidos afundou um barco-escola japonês em fevereiro disse hoje que considera a possibilidade de entrar com um processo de compensação por perdas e danos contra os EUA.
Ryosuke Terada e advogados representando as vítimas de outras sete famílias disseram que desejavam uma investigação mais profunda de Washington sobre o desastre que deixou nove desaparecidos, dados como mortos, incluindo o filho de 18 anos de Terada, Yusuke.
O grupo não está satisfeito com a decisão da Marinha dos EUA de não levar o capitão do submarino, Scott Waddle, a um julgamento marcial, que receberia uma punição grave caso fosse considerado culpado.
"A medida foi muito leve... Como posso ficar satisfeito com o resultado da corte sobre a investigação. Quero saber a verdade", disse Terada.
O grupo disse durante entrevista à imprensa que sem saber a verdadeira causa do acidente e os responsáveis por ele, não será possível entrar com o pedido de compensação.
"Primeiro precisamos procurar a verdadeira causa do desastre. Somente depois podemos discutir eventuais compensações", disse Makoto Toyoda, que lidera o grupo de 26 advogados representando as famílias das vítimas.
Waddle, capitão do submarino nuclear USS Greenville, que emergiu repentinamente colidindo com o barco de treinamento Ehime Maru em 9 de fevereiro, foi repreendido no mês passado, além de ter recebido permissão para renunciar da Marinha a partir de 1º de Outubro.
As punições aconteceram depois de um oficial de alta patente testemunhar que a culpa pelo incidente teria sido exclusivamente da embarcação.
Em sua defesa, o capitão do submarino disse que, se o caso tivesse sido levado para uma Corte Marcial, ele provavelmente seria absolvido.
"A dor e o ódio não mudaram desde o acidente em fevereiro. Eles aumentaram ainda mais", disse Terada.