Vice dos EUA busca apoio britânico para ampliar guerra ao terror
da Reuters, em LondresSeis meses depois dos ataques de 11 de setembro, o vice-presidente dos EUA, Dick Cheney, buscou hoje apoio do Reino Unido para ampliar a chamada guerra contra o terrorismo, cujo alvo principal agora seria o Iraque.
Cheney chegou ao Reino Unido na noite de ontem em sua primeira escala na viagem de dez dias, durante a qual visitará 12 países a fim de buscar apoio para a prorrogação da guerra iniciada no Afeganistão em resposta aos ataques de setembro contra Nova York e Washington.
O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, enfrenta uma oposição crescente dentro do Partido Trabalhista, do qual é líder. Alguns temem que o dirigente vá longe demais em seu apoio aos EUA, especialmente agora, em meio a boatos de que os norte-americanos podem usar armas nucleares contra o Iraque e outros países.
Blair e Cheney devem discutir a visita do vice-presidente ao Oriente Médio, durante a qual negociará o apoio de países do golfo Pérsico, apoio esse considerado fundamental para qualquer ação dos EUA contra o presidente iraquiano, Saddam Hussein.
O vice-presidente deve encorajar os países visitados a tomar medidas contra os integrantes remanescentes da rede Al Qaeda e discutir estratégias para diminuir o nível de violência no conflito entre palestinos e israelenses.
O governo norte-americano responsabiliza a rede do saudita de Osama bin Laden pelos ataques de setembro, no qual morreram mais de 3.000 pessoas.
Em um artigo publicado na semana passada, Blair endossou a política norte-americana em relação ao Iraque.
"(Saddam Hussein) não deve subestimar a determinação da comunidade internacional em impedi-lo de desenvolver e usar armas de destruição em massa", escreveu, provocando críticas de alguns de seus aliados europeus e de membros do Partido Trabalhista.
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