Greenpeace recorrerá contra entrada de mogno no Reino Unido
da Reuters, em LondresO grupo ambientalista Greenpeace afirmou hoje que apelará da decisão da Suprema Corte do Reino Unido que permitiu a entrada no país de um carregamento de mogno brasileiro.
Na semana passada, o grupo tentou sem sucesso argumentar que a carga era ilegal porque feria a Convenção Internacional sobre a Comercialização de Espécies Ameaçadas (Cites), da qual o Reino Unido é signatária.
O Greenpeace procurava reverter judicialmente uma decisão do governo e pedia uma liminar para impedir que o carregamento fosse negociado.
"A apelação tratará do modo como o Cites é implementado na União Européia (UE)", disse Andy Tait, membro do grupo.
"Argumentaremos que há uma obrigação das autoridades da área de importação de verificar essas permissões a fim de atestar não apenas sua validade, mas se foram expedidas de forma legítima", disse.
O Brasil proibiu o transporte e o comércio do mogno em outubro passado depois de descobrir que 70% da madeira estava sendo embarcada ilegalmente. Em dezembro, o país proibiu também o corte da madeira.
O carregamento de 811 metros cúbicos de madeira que chegou a bordo do MV Cunene já passou pela alfândega no Reino Unido, segundo o Greenpeace. O grupo afirma que uma outra carga de mogno deve chegar ao país nos próximos dez dias.
Um porta-voz do Departamento do Meio Ambiente, da Alimentação e de Assuntos Rurais (Defra), um órgão britânico, afirmou hoje: "O motivo pelo qual o governo britânico permite que os carregamentos entrem é o fato de eles terem as licenças necessárias. E as licenças são expedidas pelas autoridades brasileiras".