Reuters
13/03/2002 - 12h12

Ativistas e polícia preparam-se para cúpula da UE em Barcelona

da Reuters, em Madri

Manifestantes e unidades da polícia dirigiam-se para a cidade espanhola de Barcelona, onde se realiza nesta semana a cúpula da União Européia (UE), a ser acompanhada pela maior operação de segurança vista na capital catalã desde os Jogos Olímpicos de 1992.

Cerca de 8.500 policiais estarão a postos para proteger os chefes de Estado e de governo dos 15 países-membros da UE e os líderes de até 13 outros países que tentam ingressar no bloco.

A polícia prevê que aconteçam na cidade protestos antiglobalização como os verificados na maior parte das cúpulas e teme atos violentos do grupo separatista basco ETA (Pátria Basca e Liberdade).

A Espanha invocou uma cláusula do acordo de Schengen, que estabelece o livre trânsito de europeus pelos países-membros da UE, que permite a suas autoridades nas fronteiras, aeroportos e estações de trem verificarem os documentos dos europeus que normalmente entram no país sem verificação.

A cúpula ocorre na sexta-feira (15) e no sábado (16), mas as manifestações devem começar já amanhã e chegar a seu pico no sábado à tarde, com um protesto de grandes proporções.

Uma preocupação real é com a possibilidade de o ETA atacar durante a cúpula. O grupo já matou mais de 800 pessoas em sua campanha pela independência do País Basco, iniciada em 1968.

A polícia descobriu, após interrogar membros do grupo detidos na França em janeiro, que o ETA planejava realizar um atentado a bomba em Barcelona durante a cúpula, afirmou o jornal "La Vanguardia", da cidade.

As autoridades temem, por outro lado, a ação dos manifestantes antiglobalização. Em julho último, a cidade italiana de Gênova viu-se tomada por conflitos de rua durante uma cúpula do G-8 e um jovem ativista italiano morreu após ter sido baleado pela polícia.

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