Reuters
20/03/2002 - 14h38

Polícia não pode competir com os hackers, diz FBI

da Reuters, em Hong Kong (EUA)

A polícia não consegue enfrentar hackers e piratas virtuais, que são rápidos demais para descobrir novos modos de causar danos pela internet. A declaração é do próprio FBI, a polícia federal norte-americana.

"A tecnologia permite que os crimes digitais ocorram na velocidade da luz, e a polícia precisa se tornar mais sofisticada se quiser combatê-los", afirmou Ronald Eldon, diretor-assistente do FBI, numa conferência sobre o combate ao crime organizado em Hong Kong.

Para Eldon, os procedimentos contra o crime cibernético são inadequados. "O governo precisa responder na velocidade da internet e não na velocidade do governo", afirmou.

"Os procedimentos legais variam de acordo com a jurisdição e a disponibilidade de recursos e equipamentos para lidar com criptografia é outra questão importante."

Mark Pollitt, chefe de análises de computadores do FBI, disse que o volume de provas digitais com as quais o FBI tem de lidar estão crescendo em disparada. "Nos últimos dois anos, investigamos dez vezes mais evidências digitais."

Com as informações cruzando fronteiras com o uso de aparelhos portáteis, as autoridades precisam achar modos mais rápidos de agir e resolver problemas de diplomacia.

"O crime cibernético é uma questão global de segurança, todos dividimos as mesmas vulnerabilidades", afirmou Pollitt. "Por exemplo, se há um problema com um software, isso afetará tanto um banco em Nova York como um banco em Hong Kong, já que os bancos trocam informações entre si."

Para Eldon, uma das maneiras de enfrentar o problema é manter as autoridades atualizadas em matéria de tecnologia. "Precisamos de parcerias com a indústria privada e universidades para mantermos nossa habilidade sempre atualizada", afirmou.

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