Reuters
22/03/2002 - 14h51

Nova Zelândia torce por "O Senhor dos Anéis" no Oscar

da Reuters, na Nova Zelândia

A chance de um épico fantástico alcançar a glória na noite do Oscar está agitando um país normalmente mais atento aos esportes do que à grande noite de Hollywood.

Este ano, porém, a previsão é que a Nova Zelândia inteira pare na tarde de segunda-feira (domingo, pelo fuso horário de Brasília) para assistir à cerimônia em que "O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel" concorre a 13 Oscar, incluindo os de melhor filme e melhor diretor.

"O país inteiro vive uma expectativa profunda e espera que 'O Senhor dos Anéis' receba alguns Oscar importantes", disse Katherine Drumm, da Comissão de Cinema da Nova Zelândia.

A trilogia do "Senhor dos Anéis", uma história sobre a luta entre o bem e o mal travada por hobbits, elfos, magos e orcs, foi filmada em mais de 40 locações no país, sob a direção do neozelandês Peter Jackson.

"A Sociedade do Anel" foi considerado o melhor filme do ano pelo American Film Institute e recebeu cinco prêmios Bafta, da Academia de Cinema britânica, no mês passado, incluindo os de melhor filme e melhor diretor. Mas ficou em segundo plano na entrega do Globo de Ouro, em janeiro.

O governo neozelandês encampou a trilogia, tendo enviado um ministro a Los Angeles esta semana para fazer o marketing do país de quase quatro milhões de habitantes, retratando-o como a Terra Média. A idéia é tentar atrair outros cineastas e mais turismo.

Para os neozelandeses que não possuem pay-per-view, o cinema Embassy, de Wellington, que sediou a estréia do primeiro filme da trilogia "O Senhor dos Anéis'' no hemisfério sul, está vendendo ingressos aos interessados em acompanhar a cerimônia do Oscar na TV, por um preço equivalente ao de quatro ingressos de cinema.

A estréia de "O Senhor dos Anéis'', em dezembro, fez boa parte de Wellington parar. Centenas de metros de tapete vermelho e milhares de fãs aplaudiram Peter Jackson, herói da cidade e condecorado pelo governo no Ano Novo.

Mas algumas pessoas pedem cautela. "Os kiwis (neozelandeses) estão se apegando a algo que pode não acontecer. É quase como se os 13 Oscar já estivessem garantidos'', disse um executivo de relações públicas que não quis ter seu nome citado.

"Além disso, a impressão que se tem é que a Nova Zelândia fez tudo, do começo ao fim. Na realidade, fizemos apenas as filmagens. Se não fosse pelo dinheiro americano, a trilogia não teria acontecido."

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