Reuters
25/03/2002 - 18h12

Perdedores sorriem amarelo na abertura dos envelopes do Oscar

da Reuters, em Los Angeles

Alguns dos mais famosos e poderosos de Hollywood saíram com o gosto da derrota do Oscar no domingo, enfiando-se em suas limusines sem as estatuetas douradas, o maior reconhecimento da indústria cinematográfica.

Talvez o maior derrotado da noite tenha sido "O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel", o filme de fantasia de sucesso considerado um dos concorrentes mais fortes para melhor filme e indicado em 13 categorias.

Mas todos os hobbits, elfos, trolls e magos não puderam conquistar um Oscar para "O Senhor", que acabou com quatro prêmios em categorias secundárias, perdendo para o drama psicológico "Uma Mente Brilhante", que ganhou as categorias máximas.

Os membros da Academia também ignoraram o septuagenário diretor Robert Altman ("Assassinato em Gosford Park"), que nunca ganhou um Oscar mesmo tendo filmado clássicos, e foi preterido por Ron Howard, de "Uma Mente Brilhante".

Outro que voltou decepcionado para casa foi Russell Crowe, que esperava igualar a marca de Tom Hanks e Spencer Tracy de ganhar dois Oscar em seguida, mas a Academia preferiu Denzel Washington.

Sissy Spacek ("Entre Quatro Paredes"), o tipo de atriz cerebral que Hollywood adora, era considerada um páreo duro na disputa, mas o Oscar acabou com Halle Berry, a primeira negra a vencer o Oscar de melhor atriz por "A Ûltima Ceia".

Outro resultado frustrante para alguns foi do francês "O Fabuloso Destino de Amélie Pulain", indicado em cinco categorias e não levou em nenhuma, em um dos desempenhos mais sofríveis da noite, igualável ao de "Entre Quatro Paredes" - resultado comparável apenas a "Gosford Park", que teve sete indicações e levou somente melhor roteiro.

A despeito das derrotas, os sorrisos ficaram irretocados sob os holofotes, depois do mais longo Oscar da história.

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