"A Escolha de Sofia" chega à Royal Opera House de Londres
da Reuters, em LondresA Royal Opera House de Londres vai apresentar sua primeira ópera nova em sete anos: uma adaptação do romance "A Escolha de Sofia'', do autor William Styron, sobre uma polonesa sobrevivente do Holocausto.
O livro já foi adaptado para o cinema por Hollywood em 1982, tendo valido um Oscar de melhor atriz a Meryl Streep.
Ao anunciar a temporada de 2002/03, hoje, o diretor musical da casa, Antonio Pappano, disse que a nova produção é sinal de uma perspectiva mais progressista na Opera House, frequentemente criticada por ser elitista demais.
"Estamos buscando criar coisas novas, para dar ao público o máximo possível de opções'', disse Pappano no teatro recém-reformado.
"Música nova, para mim, é a chave para se avançar nessa área. Temos todos os grandes nomes, mas acho que é muito importante conquistar a geração nova, jovem e brilhante''.
"Sophie's Choice'' será dirigido por Trevor Nunn, que tem em seu currículo sucessos da West End e da Broadway como "Cats'' e ''Starlight Express''. A regência será do mundialmente famoso Simon Rattle, que vai assumir a direção da Filarmônica de Berlim este ano, e o compositor será Nicholas Maw.
O diretor executivo da Royal Opera House, Tony Hall, disse que os preços dos ingressos para a nova ópera serão de no máximo 50 libras (US$ 70). O objetivo é atrair um público novo para uma forma de arte cara que ainda costuma ser associada a aristocratas.
Mas os preços serão mais altos para as óperas tradicionais, como as velhas favoritas "Falstaff'' e "Madame Butterfly''.
Pappano citou novas vozes que vão estrelar no local, como Natalie Dessay, Katarina Karneus, Matthias Goerne e Dawn Upshaw.
Elas irão juntar-se a outras já conhecidas, incluindo a soprano romena Angela Gheorghiu, o baixo barítono galês Bryn Terfel e o tenor espanhol Plácido Domingo.