Índia diz que cabe ao Paquistão encerrar tensão militar
em Srinagar, ÍndiaA Índia disse hoje que a tensão militar com o Paquistão pode acabar se o país vizinho parar de treinar e enviar militantes islâmicos à região da Caxemira.
"As tropas vão continuar na fronteira até que o Paquistão pare de infiltrar gente e estimular a violência em Jammu e Caxemira", disse o ministro indiano da Defesa, George Fendandes, em um comunicado emitido durante visita à região, que está sob controle de seu país, mas tem população majoritariamente muçulmana.
Os dois países estiveram à beira de uma guerra depois que um grupo de militantes invadiu o Parlamento indiano, em 13 de dezembro, e provocou uma chacina. Nova Délhi acusou o Paquistão de incentivar esse ataque. O governo paquistanês respondeu às acusações se preparando para um conflito, mas também reprimindo grupos islâmicos que agem na Caxemira.
Até agora, o Paquistão prendeu centenas de militantes, colocou cinco grupos na ilegalidade e diz manter apenas apoio político à rebelião muçulmana na Caxemira, iniciada em 1989.
Apesar disso, a Índia afirma que ainda não recebeu provas da boa-vontade paquistanesa para controlar os militantes.
Ontem, Fernandes visitou autoridades civis e militares na região da fronteira, onde os incidentes violentos são quase diários. 1 milhão de soldados estão localizados ao longo de toda a fronteira indo-paquistanesa.
Foi a segunda vez que o ministro da Defesa foi à Caxemira desde o ataque ao Parlamento para se reunir com o quartel-general que coordena as atividades militares, paramilitares e policiais na região.
Há cerca de dez grupos islâmicos combatendo a presença indiana na Caxemira. O governo diz que mais de 33 mil pessoas já morreram na rebelião. Os separatistas falam em 80 mil vítimas fatais.
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