Afegãos menosprezam tentativa de golpe e irritam forças de paz
da Reuters, em CabulA população afegã negou hoje o alarme detonado por uma suposta tentativa de golpe no país, mas a força de paz internacional sediada em Cabul mostrou-se contrariada pelo fato de não ter sido informada sobre a ameaça.
No momento em que o Taleban e a rede Al Qaeda ofereciam uma recompensa pela cabeça dos integrantes da força, essa parecia ter ficado incomodada, quase brava, com o fato de ter sido deixada no escuro.
"Se houve um golpe, deveríamos ter sido informados", afirmou o tenente de vôo Tony Marshall, porta-voz britânico da Força Internacional de Assistência para a Segurança (Isaf).
Uma das principais missões da Isaf é proteger o líder interino do país, Hamid Karzai. Segundo Marshall, se tivesse havido ameaça à vida dele, "nosso apoio estaria presente".
Marshall afirmou que o general britânico sir John McColl, dirigente da Isaf, planejava encontrar-se com autoridades de Karzai para discutir por que as forças de paz não tinham sido informadas.
As autoridades afegãs disseram ontem ter impedido a execução de um plano para assassinar Karzai e o ex-rei Zahir Shah em uma campanha de atentados a bomba que atingiria também as tropas norte-americanas e as forças de paz presentes no Afeganistão. Várias pessoas foram detidas.
O chefe de polícia de Cabul, general Deen Mohammad Jurat, disse que o plano foi elaborado pelo líder fundamentalista islâmico Gulbuddin Hekmatyar em nome do Taleban, derrubado do poder na guerra lançada pelos EUA.
O major norte-americano Bryan Hilferty, porta-voz das forças multinacionais que enfrentam o Taleban e a Al Qaeda, disse hoje que panfletos com o oferecimento de recompensa pela morte de soldados estrangeiros circulavam na Província de Paktia. Hilferty não soube informar o montante das recompensas prometidas.
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