Reuters
11/04/2002 - 23h06

EUA vão comprar células-tronco de empresa australiana

da Reuters, em Washington

Os Institutos Nacionais de Saúde, dos Estados Unidos, anunciaram hoje que concordaram em usar as células-tronco embrionárias produzidas por uma empresa australiana. Esse foi o primeiro acordo assinado desde que o presidente norte-americano, George W. Bush, lançou novas normas para o uso dessas células.

As células, retiradas de embriões humanos, têm a capacidade de se transformar em qualquer tipo de célula do corpo humano. Elas são consideradas uma esperança de cura para doenças como Alzheimer, Parkinson, diabetes e lesões na medula espinhal.

Sua extração, no entanto, requer a destruição do embrião, o que torna o assunto controverso. Aqueles que se opõem ao uso das células alegam que não há justificativas para acabar com um embrião. Já os defensores ressaltam que os embriões descartados nas clínicas de fertilização seriam destruídos de uma forma ou de outra.

Bush acalmou a polêmica nos EUA em agosto, ao dizer que os pesquisadores financiados pelo governo federal poderiam usar as células já produzidas em qualquer lugar no mundo. No entanto, os cientistas não poderiam destruir embriões para esse fim, nem poderiam usar as células criadas após o anúncio de agosto.

A companhia ES Cell International, em Melbourne (Austrália), tem seis linhagens de células-tronco, produzidas antes de agosto. Os institutos disseram que assinaram um memorando de conhecimento para ter acesso às células.

"Cientistas do NIH e de outras partes serão capazes de acessar essas linhagens de células, para explorar novas áreas de pesquisa nesse campo emergente da tecnologia", ressaltaram os institutos em um comunicado.

"Em conformidade com as normas dos NIH para a transferência de materiais de pesquisa, esse acordo permite aos pesquisadores dos institutos divulgar publicamente os resultados dos estudos."

"As linhagens de células oferecidas são geneticamente diversas e como tais, vão aumentar as oportunidades dos pesquisadores explorarem diferenças importantes entre elas", ressaltou a diretora dos institutos, Ruth Kirschstein.
 

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