Reuters
22/04/2002 - 09h00

Carro-bomba explode em Madri e polícia suspeita de ação do ETA

da Reuters, em Madri

Um carro-bomba explodiu na madrugada de hoje em frente à sede da companhia de petróleo Repsol-YPF em Madri, danificando carros e quebrando vidraças. A polícia suspeita do grupo separatista basco ETA (Pátria Basca e Liberdade).

A bomba de 15 quilos não deixou feridos, mas três pessoas foram internadas em estado de choque e uma quarta com um ataque cardíaco, segundo as autoridades. O explosivo foi detonado à 1h (20h de ontem em Brasília) perto do Passeo de la Castellana, uma das principais ruas da capital espanhola.

Foi o segundo atentado na Espanha no fim de semana. No sábado (20), outro carro-bomba havia explodido perto de Bilbao, no País Basco, sem deixar feridos.

No caso de Madri [ao contrário de Bilbao] não houve um telefonema de alerta. O Ford Fiesta ficou reduzido a sucata e espalhou estilhaços por 50 metros. Outros 17 veículos estacionados ficaram danificados. A polícia e os bombeiros fecharam a área.

A Repsol é uma das dez maiores petroleiras do mundo e tem importantes interesses na Argentina. No domingo, a empresa havia realizado em Madri a sua reunião anual de acionistas.

O atentado de sábado havia acontecido em uma rica área residencial de Getxo, cidade litorânea perto de Bilbao. Meia hora antes, um serviço de ambulâncias e um jornal regional haviam recebido telefonemas alertando para a explosão.

O ETA, recentemente incluído numa lista de organizações terrorista pela União Européia, costuma levar várias semanas para assumir a autoria de seus atentados. No começo deste mês, o grupo relatou ter cometido 11 ataques recentemente, incluindo um, em março, que resultou na morte de um vereador.

Desde 1968, quando começou sua campanha de independência, o grupo basco já matou mais de 800 pessoas. Foram 39 vítimas fatais desde janeiro de 2000, quando o ETA encerrou um cessar-fogo de um ano e meio.

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