Reuters
23/04/2002 - 13h29

Hugo Chávez ordena investigação sobre mortes ligadas a golpe

da Reuters, em Caracas

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, mandou investigar o assassinato de mais de 40 pessoas antes e durante o golpe militar que o afastou por um breve período do poder e afirmou que os responsáveis seriam punidos.

Em uma carta enviada na segunda-feira para o procurador-geral do país, Isaias Rodriguez, e divulgada na terça, Chávez disse desejar cooperar com a investigação, exigida pela oposição, que culpa o presidente e alguns de seus simpatizantes por algumas das mortes.

A investigação oficial abrangeria também a morte de ao menos 12 pessoas durante um protesto anti-Chávez realizado em Caracas em 11 de abril. Essas mortes detonaram o golpe de vida curta contra o ex-pára-quedista e seu governo de três anos.

Reuters - 14.abr.2002
Hugo Chávez, presidente da Venezuela
As autoridades também devem investigar a morte de dezenas de outras pessoas em uma grande manifestação de apoio a Chávez e durante saques generalizados que acompanharam o retorno do presidente ao poder no dia 14 de abril, com a ajuda de tropas leais.

Depois de sua surpreendente volta ao poder, Chávez estendeu uma mão conciliadora para seus oponentes e ofereceu iniciar um diálogo nacional para acabar com a tensão política.

Mas grupos de defesa dos direitos humanos e adversários políticos do presidente, entre os quais empresários e líderes sindicais, partidos de oposição e oficiais militares dissidentes afirmam que a reconciliação só será possível depois de as mortes, envolvendo em grande parte civis desarmados, serem esclarecidas.

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