Haider cogita ser premiê pela extrema direita austríaca
da Reuters, em VienaO líder austríaco de extrema direita Jöerg Haider embarcou no sucesso do também extremista Jean-Marie Le Pen, que ficou em segundo lugar no primeiro turno das eleições presidenciais na França, ao declarar estar interessado em se tornar chanceler da Áustria.
Dois meses depois de comunicar sua saída da política, Haider, que já chamou de "ordenadas" as políticas de emprego de Adolf Hitler, disse que tentaria conquistar o cargo mais alto do país em uma votação prevista para o final de 2003 caso o Partido da Liberdade, ao qual pertence, concorde.
No último domingo, a França surpreendeu-se com a passagem de Le Pen para o segundo turno das eleições presidenciais no lugar do primeiro-ministro Lionel Jospin [do Partido Socialista]. O extremista conquistou cerca de 17 por cento dos votos e enfrenta no dia 5 de maio o presidente Jacques Chirac, candidato à reeleição.
O sucesso de Le Pen provocou comparações com a eleição de 1999 na Áustria, quando o partido de Haider ingressou no governo como parceiro minoritário da coalizão chefiada pelo hoje chanceler Wolfgang Schuessel.
"Disputo maratonas, de modo que estou acostumado com esperar bastante até atingir a linha final. Não perderei de vista o objetivo de me tornar chanceler", disse o extremista ao canal árabe de TV Al Jazeera, do Qatar.
"Obviamente, se o povo desejar e se meu partido achar isso necessário, estarei pronto para cumprir essa tarefa."
O governo de Schuessel enfrenta uma eleição no final de outubro de 2003. A Áustria foi submetida por um curto período a sanções diplomáticas de seus parceiros na União Européia (UE) depois de o partido de Haider ter ingressado na coalizão governista, na qual continua.
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