Pet Shop Boys estréia musical em teatro londrino
da Reuters, em LondresPrimeiro foram os 30 milhões de álbuns pop comprados por fãs de todo o mundo. Agora chegou a hora de conquistar os teatros londrinos.
Os Pet Shop Boys se uniram ao dramaturgo Jonathan Harvey e o resultado é "Closer to Heaven", um musical que traz um triângulo amoroso bissexual ambientado nos clubes de Londres.
De repente o teatro passou a ser visto como cool. Outros astros pop, como Boy George, Robbie Williams e Bono, também estudam a possibilidade de fazer musicais.
E é possível que o fim esteja à vista para musicais tradicionais como "Starlight Express" e "O Fantasma da Ópera", que sempre lotaram teatros com o público vindo das províncias. As bilheterias tiveram uma queda de 10 por cento no ano passado, quando essas produções estavam entre as maiores atrações.
Compositor dos grandes musicais que agora começam a parecer superados, Andrew Lloyd Webber resolveu acompanhar os tempos e está patrocinando "Closer to Heaven", que está em pré-estréia no pequeno Arts Theatre, em Londres.
O vocalista Neil Tennant e o ás do teclado Chris Lowe, dos Pet Shop Boys, estavam decididos a não sucumbir à chamada "síndrome do catálogo de peças passadistas".
O West End londrino já está repleto de musicais baseados em sucessos de anos passados, desde "Buddy", sobre a vida de Buddy Holly, até "Mamma Mia", baseado nos grandes sucessos do grupo Abba. "All You Need is Love", um tributo aos Beatles, acaba de estrear, e "Queen: The Musical" está em fase de preparação.
"Teria sido fácil montar um musical em torno de nossas canções existentes, mas não quisemos fazer isso", contou Tennant, de 46 anos. Ele e Lowe escreveram 15 canções novas para a peça, que levou cinco anos para finalmente chegar ao palco.
O novo musical é estrelado por Paul Keating (aclamado por sua atuação em "Tommy", o musical rock sobre o The Who), que faz um jovem irlandês dividido entre seu amor por um traficante e pela filha do gerente de um clube.
A atriz Frances Barber representa uma reencarnação do Velvet Underground que cheira cocaína antes de sua grande atuação.
Para o jornal Sunday Times, "o teatro dos musicais é o novo palco do sexo, drogas e rock'n'roll para uma multidão de astros dos anos 1970 e 1980, à procura de algo novo para acender seu fogo".
