Macedônia pede para que civis deixem aldeias antes de ataque
da Reuters, em Skopje (Macedônia)O presidente da Macedônia, Boris Trajkovski, fez um apelo hoje para que os civis abandonem as aldeias dominadas por rebeldes de origem albanesa antes de um ataque do Exército.
Trajkovski disse que as forças de segurança receberam "ordens para trabalhar de maneira a minimizar o risco de vítimas civis, mas para agir com decisão".
"É muito difícil encontrar o balanço entre uso da força e esforços para evitar vítimas civis", disse.
"Acreditem em mim, sei muito bem o quanto duro é para vocês deixarem suas casas. Mas será somente temporário. Sua segurança é nossa principal preocupação. Quando deixarem suas casas serão esperados por observadores internacionais", disse.
Não houve sinal imediato de resposta dos civis. A eletricidade nas aldeias foi cortada há dias e o plano de despejar panfletos sobre as aldeias não deu certo.
Ontem, numa aparente operação bem-sucedida, forças da vizinha Sérvia retomaram a aldeia de Oraovica, matando 14 guerrilheiros, segundo o comando da ação.
Este confronto aparentemente persuadiu 80 suspeitos guerrilheiros a se renderem a soldados das forças de manutenção de paz da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) na província de Kosovo.
O comando da Otan incentivou outros rebeldes a tomarem a mesma atitude, prometendo anistiá-los se desistirem da luta nos oito dias antes da permissão da entrada de forças da Sérvia em áreas até agora sob controle das forças internacionais, onde os rebeldes atuam há 16 meses.
"Eu apelo aos líderes para evitar derramamento de sangue e perdas de vidas", disse Thorstein Skiaker, comandante das forças da Otan.
"Não há desonra em buscar a paz", afirmou.
O governo da Macedônia, com apoio da comunidade internacional, recusou-se a retomar o diálogo com os rebeldes. Os guerrilheiros não desistiram da luta mesmo após duas semanas de intensos bombardeios.
