Reuters
03/05/2002 - 10h30

Consumo adequado de folato reduz em 20% o risco de derrame

da Reuters, em Nova York

As pessoas que obtêm uma quantidade suficiente de folato por meio da alimentação parecem correr menos risco de sofrer derrame que as que consomem alimentos com menor teor dessa vitamina, informou um estudo.

Os resultados do trabalho se baseiam em pesquisas nutricionais realizadas com quase 10 mil adultos entre 1971 e 1975 como parte de um levantamento nacional feito pelo governo norte-americano. Os autores do estudo atual também usaram registros médicos e atestados de óbito para determinar entre os entrevistados aqueles que posteriormente tiveram derrame ou doença cardiovascular.

No trabalho, a equipe de Lydia Bazzano, da Universidade Tulane, em Nova Orleans (Louisiana), informou que, durante uma média de 19 anos, as pessoas que ingeriram mais folato na dieta foram 21% menos propensas a sofrer derrame que o grupo que consumia uma quantidade menor da substância na alimentação.

O folato, que também é conhecido como ácido fólico, é uma das vitaminas do complexo B. Pesquisas anteriores demonstraram que a ingestão de quantidades extras de ácido fólico ajuda a reduzir os níveis do aminoácido homocisteína, propriedade apontada por alguns estudos como capaz de diminuir o risco de derrame.

Acredita-se que o excesso desse aminoácido, que é produzido quando o organismo absorve e usa proteínas, pode debilitar as paredes das artérias que levam sangue ao cérebro.

O acido fólico é encontrado naturalmente em frutas e vegetais. Recentemente, o governo dos Estados Unidos ordenou que os fabricantes enriquecessem os cereais com a substância, acrescentando 140 microgramas a cada cem gramas de farinha de trigo, arroz, macarrão e fubá.

"Com base nesses resultados, aumentar o consumo de folato por meio da alimentação pode ser um elemento importante de intervenções nutricionais voltadas para a redução da incidência do derrame e de doenças cardiovasculares", afirmaram os autores na edição de maio da revista Stroke, publicação da Associação Americana do Coração.

Em entrevista, um dos autores do estudo, Paul K. Whelton, da Universidade Tulane, disse que, como o enriquecimento padrão diminui o risco de derrame, as pessoas que comem mais ácido fólico provavelmente reduzirão essa probabilidade ainda mais. "Esse parece ser um tratamento seguro e inócuo", explicou o pesquisador. "Portanto, consumir mais provavelmente seria melhor."

 

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