Reuters
07/05/2002 - 11h55

Áustria pede calma à véspera de aniversário da queda do nazismo

da Reuters, em Viena

Políticos austríacos pediram hoje que ativistas de extrema direita e manifestantes antifascistas não entrem em choque ao realizarem atos amanhã para lembrar a rendição da Alemanha nazista ao final da Segunda Guerra Mundial.

Mais de 1.500 policiais serão colocados no centro da capital do país, Viena, a fim de garantir que manifestantes da extrema direita não entrem em contado com grupos esquerdistas. Outros 500 policiais ficarão em alerta.

O chanceler austríaco, Wolfgang Schüssel, cujo governo conservador lidera uma coalizão da qual participa o Partido da Liberdade (extrema direita), pediu que os manifestantes não transformem a Áustria em uma "nação caracterizada pela violência".

A vice-chanceler e líder do Partido da Liberdade, Susanne Riess-Passer, pediu calma durante as manifestações de amanhã. "Gostaria de ver as pessoas conscientes de que devem honrar esse dia de modo a respeitar as 50 milhões de pessoas que morreram na guerra", disse.

A Heldenplatz, praça dos heróis, onde o ditador nazista Adolf Hitler discursou para centenas de milhares de austríacos em 1938 antes de o país ser incorporado ao Terceiro Reich, ficará fechada para o trânsito amanhã.

O local foi palco de um grande protesto antigoverno em 2000, quando 200 mil pessoas reuniram-se para pedir a renúncia da coalizão formada com o Partido da Liberdade, então liderada pelo extremista Jöerg Haider.

A oposição criticou o governo por permitir que fraternidades de direita, algumas delas acusadas de terem um passado nazista, coloquem flores no túmulo construído ali para homenagear os soldados austríacos mortos em ação durante a Segunda Guerra (1939-1945).
 

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