Reuters
18/05/2001 - 16h36

Empresa holandesa vai resgatar o submarino Kursk

da Reuters, em Moscou

A Rússia assinou hoje um contrato com a empresa holandesa Mammoet para a retirada do submarino nuclear Kursk do fundo do mar de Barents. O submarino naufragou em agosto, matando todos os seus 118 tripulantes.

O vice-primeiro-ministro Ilya Klebanov disse que a Marinha russa, a empresa Rubin, de São Petersburgo, que projetou o submarino, e a Mammoet assinaram um contrato para resgatar o Kursk. O valor do contrato não foi revelado.

Ele disse que o primeiro estágio da operação ocorrerá entre meados de junho e começo de setembro e a retirada efetiva deve acontecer até 20 de setembro. A assinatura do contrato foi atrasada em quase duas horas por causa de ``detalhes legais'' que estavam sendo discutidos, segundo a agência russa de notícias Interfax.

O presidente Vladimir Putin vem prometendo desde o acidente que traria à tona novamente o submarino, atingido por duas explosões de causas indeterminadas. O nome da Mammoet como empresa responsável pelo trabalho só apareceu de última hora.

Na véspera de sua assinatura, o consórcio entre as holandesas Smit Internationale e Heerema e a norte-americana Halliburton disse que a Rússia havia rejeitado sua proposta para o serviço, após mais de seis meses de negociação.

A Smit disse que havia muito pouco tempo para preparar uma operação que permitisse trazer o Kursk à tona com segurança ainda neste verão, mas a Rússia insistiu que isso fosse feito ainda neste ano. O submarino está a cem metros de profundidade.

Após se reunir com Klebanov, Putin disse que a segurança seria o principal aspecto levado em conta na operação, e que, uma vez que o Kursk esteja na superfície, será feito de tudo para descobrir a causa do acidente, o pior do gênero na história da Rússia.

A comissão liderada por Klebanov para estudar o assunto levanta três hipóteses para o naufrágio: colisão com um submarino estrangeiro, explosão de uma mina da Segunda Guerra Mundial ou detonação acidental de um torpedo que estava a bordo.

No ano passado, os corpos de 12 vítimas foram resgatados e Moscou prometeu trazer o submarino à tona para evitar uma tragédia nuclear. Testes no local não indicaram sinais de radioatividade no fundo do mar.
 

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