EUA e Rússia pedem calma à Índia e ao Paquistão após atentado
da Reuters, em ReykjavikOs Estados Unidos disseram hoje que Washington e a Rússia tentarão "manter as emoções sob controle" na Índia e Paquistão depois que suspeitos militantes paquistaneses mataram 30 pessoas na parte indiana da região da Caxemira.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Colin Powell, falando após uma reunião com o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Igor Ivanov, na Islândia, disse que os dois países condenaram o ataque e enviaram condolências às famílias das vítimas.
"Mais uma vez isso nos relembra o perigo que o terrorismo representa para todo o povo e nações civilizados e nós o condenamos totalmente", disse Powell em uma entrevista coletiva conjunta. "Trabalharemos de ambos os lados para verificar se podemos manter os ânimos sob controle naquela região difícil do mundo e se podemos ajudar a levar os responsáveis à Justiça."
A assistente de Powell para a região, Christina Rocca, está em viagem pela Índia. Os EUA têm tentado reduzir as tensões entre Índia e Paquistão e persuadir o presidente paquistanês, Pervez Musharraf, a combater os militantes que atacam indianos na Caxemira e aqueles que simpatizam com o Taliban e as forças da Al Qaeda no Afeganistão.
Mais cedo, na terça-feira, o ministro de Relações Exteriores da Inglaterra, Jack Straw, culpou militantes islâmicos baseados no Paquistão pelo ataque a um ônibus e um quartel militar na Caxemira. Straw mandou Musharraf combatê-los.
O ataque de terça-feira foi o mais sangrento em cerca de oito meses de confrontos na disputada região do Himalaia, que é o centro de tensões armadas entre Índia e Paquistão. Pelo menos 33 mil pessoas morreram desde que a violenta revolta surgiu em 1989.
A Índia acusa o Paquistão de incitar a revolta em militantes armados e de enviá-los através da fronteira. O Paquistão nega a acusação, afirmando que apenas fornece apoio moral para aquilo que chama de legítimo direito de autonomia da Caxemira.
As relações entre ambos os países, que já travaram duas de suas três guerras pela Caxemira, estão tensas desde 13 de dezembro, quando um grupo cometeu um atentado no parlamento da Índia. Nova Déli responsabilizou rebeldes da Caxemira baseados no Paquistão.
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