Reuters
16/05/2002 - 14h59

Histórias do Oriente Médio ganham destaque em Cannes

da Reuters, em Cannes

Enquanto o Oriente Médio está dominado pela violência, o novo filme do diretor israelense Amos Gitai, "Kedma", revelou ao público do Festival de Cinema de Cannes, na quinta-feira, quão pouco o conflito mudou em mais de meio século.

A história complexa - e, por vezes, tortuosa - de um grupo de judeus europeus que fogem para a Palestina dias antes da criação do Estado de Israel, em 1948, atua como prólogo do conflito entre árabes e judeus, que se desenrola desde então.

O ponto principal da produção é uma batalha entre a Palmach, uma força judaica que operava na Palestina na época, e as forças árabes que defendiam uma colina fortificada. O objetivo de ambos era, como continua a ser hoje, garantir o domínio sobre Jerusalém.

O tratamento denso dado a alguns poucos dias caóticos no complexo nascimento do Estado de Israel não é material de fácil assimilação.

"Kedma", que significa "rumo ao Oriente" e era o nome do navio que levou os judeus à futura Israel, trouxe a polêmica do Oriente Médio a Cannes, e os observadores do festival acharam significativo o fato de o filme estar entre os 22 candidatos que concorrem à Palma de Ouro, ao lado de um trabalho palestino, "Divine Intervention", de Elia Suleiman - sobre amantes palestinos na Cisjordânia mantidos separados por barreiras policiais israelenses.

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