Colômbia encerra campanha presidencial sob forte segurança
da Reuters, em BogotáA Colômbia encerrou hoje, com segurança reforçada, a campanha para as eleições presidenciais do próximo domingo. Pesquisas indicam que o candidato Alvaro Uribe, um linha-dura contra a guerrilha, pode ser eleito no primeiro turno.
Onze candidatos disputam o cargo do conservador Andrés Pastrana, que termina o mandato em 7 de agosto. Devido a rachas internos, seu partido não tem candidato.
A situação de guerra no país afetou a campanha. Uribe, advogado de 49 anos que propõe o fortalecimento do Exército e da Polícia para derrotar os guerrilheiros, não pôde encerrar a campanha em público. Ele transmitiu sua mensagem a partir de um local não revelado de Bogotá, temendo planos de assassiná-lo. Ele já escapou de atentados.
Uribes tem 49,3% das intenções de voto, segundo pesquisa da firma Napoleón Franco, pouco abaixo dos 50% necessários para eliminar o segundo turno, programado para 16 de junho.
Em segundo lugar está o liberal Horácio Serpa, com 23%. Ele promove temas sociais, como a luta contra o desemprego e a pobreza, e encerrou a campanha com manifestações públicas animadas por bandas nos bairros operários ao sul de Bogotá, protegido por dezenas de franco-atiradores.
Advogado de 59 anos, Serpa tenta pela segunda vez, após perder em 1998 para Pastrana.
Pouco mais de 23 milhões de colombianos poderão votar. O país costuma ter alto índice de abstenção, apesar de ser uma das mais antigas democracias da América Latina.
A pesquisa ouviu 1.903 pessoas e tem margem de erro de 1,46%. O candidato do Polo Democrático, o líder sindical Luis Eduardo Garzón, de esquerda, aparece em terceiro lugar, com 7,8% dos votos.