Iraque intensifica críticas à reforma de sanções da ONU
da Reuters, em BagdáO Iraque intensificou hoje suas críticas à resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) que reforça as sanções impostas 12 anos atrás, e isso apesar de ter prometido antes cooperar com o plano.
Segundo o vice-presidente do Iraque, Tahan Yassin Ramadan, as mudanças complicariam o programa humanitário "petróleo por comida" e teriam sido impostas pelos Estados Unidos. O programa foi implementado em conjunto com a ONU após a Guerra do Golfo, em 91
Ramadan, cujas palavras foram divulgadas hoje, havia dito no sábado (18)que o plano era o melhor acertado até então pelos países-membros do Conselho de Segurança da ONU.
A resolução contém uma lista de 300 páginas com mercadorias que poderiam ter uso militar, de caminhões a equipamentos de telecomunicações.
"Consideramos isso [essas mercadorias] uma complicação adicional e algo de ruim que poderia piorar ainda mais os procedimentos já complicados do memorando de cooperação [do acordo petróleo-por-comida]", afirmou o vice-presidente ao jornal "Al Qadissiya".
"Essa resolução reflete o rancor e a hostilidade do governo norte-americano contra o povo do Iraque e sua liderança livre. O governo norte-americano continuará a usar de todos os meios baratos e perversos para bloquear a aprovação dos contratos do Iraque", disse.
O plano aprovado pelo Conselho também renova o programa "petróleo por comunida", que permite ao Iraque vender quantidades limitadas do combustível a fim de adquirir material de ajuda humanitária. O governo iraquiano aceitou a resolução na quinta-feira (16).
O "Al Qadissiya" descreveu o plano como um "novo golpe", que impõe sanções enquanto finge atender às necessidades do povo iraquiano.
A fim de que as sanções sejam suspensas, inspetores de armas da ONU devem certificar-se de que o Iraque não possui armas de destruição em massa. A entrada dos inspetores no país está atualmente bloqueada.