Reuters
22/05/2002 - 13h41

Paquistão promete usar "força total" se for atacado pela Índia

da Reuters, em Islamabad

O Paquistão prometeu hoje usar "força total" se for atacado pela Índia. Os dois países detentores de arsenal nuclear vivem um sério impasse militar.

"A liderança indiana deve desistir dessa movimentação ostensiva de guerra e em vez disso se concentrar em resolver seus problemas internos e resolver pacificamente suas várias disputas com os vizinho", informou o Ministério das Relações Exteriores do Paquistão em um comunicado.

"O Paquistão tem capacidade para se defender contra qualquer guerra imposta pela Índia. Qualquer desventura da Índia encontrará nossa força total", afirmou.



O comunicado foi uma resposta a um discurso do primeiro-ministro indiano, Atal Behari Vajpayee, no qual disse às suas tropas na Caxemira que era o momento para uma luta decisiva. O primeiro-ministro não disse contra quem seria tal luta.

Quase um milhão de homens foram deslocados pelo Paquistão e pela Índia para a fronteira, depois de um ataque ao Parlamento indiano em dezembro. A Índia atribui o ataque a guerrilheiros com base no Paquistão.

As tensões aumentaram na semana passada quando supostos rebeldes muçulmanos contrários ao governo da Índia na Caxemira invadiram um campo militar e mataram mais de 30 pessoas, entre elas familiares de soldados.

O governo militar do Paquistão também disse que não permitiria que a sua parte da Caxemira fosse usada para atividades terroristas.

Um comunicado anterior dizia que o Paquistão iria continuar com seu "apoio moral, político e diplomático" à luta caxemire pela autodeterminação.

A Índia, que controla 45% da Caxemira, a considera parte integral de seu território. O Paquistão, que controla um terço, defende que um plebiscito determine a vontade do povo caxemire. À China pertence o restante do território.


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