Reuters
23/05/2002 - 12h41

Colômbia mantém candidatura de presidenciável sequestrada

da Reuters, em Bogotá (Colômbia)

Mesmo sequestrada há três meses, Ingrid Betancourt, 40, continuará a figurar entre os 11 candidatos à Presidência da Colômbia, e a sua fotografia será impressa nas cédulas eleitorais a serem usadas no domingo (26).

Nos últimos meses, Betancourt não realizou nenhum discurso, não participou de caravanas políticas pelo país e não concedeu nenhuma entrevista à mídia. Ela não pôde realizar essas atividades por estar sequestrada pelas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) desde 23 de fevereiro.

Ninguém sabe onde Betancourt está ou mesmo se está viva depois de a guerrilha Farc tê-la sequestrado em uma estrada do Estado de Caquetá.

Desde então, o marido da candidata, Juan Carlos Lecompte, e a mãe dela, Yolanda Pulencio, realizam uma campanha dupla: pedem a libertação de Betancourt e lutam por sua vitória na eleição presidencial.

Lecompte anda pelas ruas das cidades e povoados colombianos com uma fotografia de sua mulher debaixo do braço em busca de apoio político e tentando conquistar votos em uma sociedade assolada pela guerra civil.

Apesar desses esforços e do sequestro, a candidata do Partido Verde Oxigênio aparece com apenas 1% das intenções de votos, de acordo com as pesquisas mais recentes.

Alvaro Uribe, dissidente do Partido Liberal e divulgador de um discurso linha-dura contra as guerrilhas, lidera as pesquisas, com 49% das intenções de voto.

"Não creio nas pesquisas na Colômbia porque sempre se enganaram e porque são o reflexo da preferência dos candidatos nos meios de comunicação", afirmou Lecompte.

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