Reuters
23/05/2002 - 17h31

Videogames tentam atrair criadores de jogos na feira E3

da Reuters, em Los Angeles (EUA)

Por trás de uma guerra verbal travada entre as empresas de videogames durante a E3 (Electronic Entertainment Expo), a maior feira de jogos do mundo, está uma questão importante —a empresa que construir uma grande base de usuários poderá ganhar a confiança dos desenvolvedores de software para sua plataforma.

Depois de ter vendido cerca de 30 milhões de consoles PlayStation 2, a Sony declarou ter vencido a concorrência. Mas ninguém se diz abatido: "Acho que a Sony sabe que a batalha ainda está acontecendo", disse o vice-presidente de vendas da Nintendo, Peter MacDougall, arrancando aplausos dos partidários do console GameCube.

Nas últimas semanas, Microsoft, Nintendo e Sony acirraram a disputa ao reduzirem o preço de seus consoles, apostando nos lucros com a venda dos jogos para cobrir o prejuízo decorrente dos descontos.

A Microsoft, mais nova potência a entrar no mercado de games, concorrendo com as japonesas Sony e Nintendo, também se mostrou determinada a mostrar seu poder. Anunciou investimentos de US$ 2 bilhões em seu console Xbox.

"Para nós, trata-se de definir o futuro do entretenimento digital", afirmou o executivo da Microsoft encarregado da operação Xbox, Robbie Bach.

Tendo saído na frente dos concorrentes, o PlayStation 2 tornou-se o líder de mercado, vendendo até agora cerca de 160 milhões de títulos de jogos em todo o mundo. O console da Sony chegou um ano antes do Xbox (Microsoft) e do GameCube (Nintendo), construindo assim sua liderança.

A Nintendo tem um histórico importante no mercado, principalmente com relação aos games lançados para suas plataformas, títulos que se tornaram muito populares, caso dos jogos com o bombeiro Mario. O nome da empresa tornou-se sinônimo de videogame, pelo menos até 1995, quando a Sony lançou a primeira versão do PlayStation.

Hoje os jogos da Sony estão sempre na lista dos mais vendidos. Já os títulos da Nintendo para a plataforma N64, a geração anterior ao GameCube, desapareceram dos rankings de sucessos de vendas.

Para empresas como Nintendo e Sony, que desenvolvem jogos além de produzirem os consoles, o mercado de software é a verdadeira chave do sucesso, já que o hardware frequentemente é vendido abaixo do preço de custo.

Segundo Hirai, da Sony, o desconto oferecido pelo console PlayStation 2 —que caiu de US$ 299 para US$ 199— causou aumento de venda de 800% em algumas lojas.

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