Extremista anti-rebelde é favorito para Presidência da Colômbia
da Reuters, em Bogotá (Colômbia)Após o fracasso de três anos de conversações de paz, os colombianos foram para as urnas hoje, tendo o candidato extremista anti-rebelde Álvaro Uribe como amplamente favorito para conquistar a presidência.
Pesquisas de opinião dão conta de que Uribe, um ex-governador regional que prometeu reforçar o contingente militar e reprimir os rebeldes esquerdistas que travam uma guerra civil de 38 anos, pode vencer a disputa ainda no primeiro turno.
Em uma grande operação militar, mais de 200 mil soldados e policiais foram mobilizados no país para garantir uma votação pacífica depois que os guerrilheiros explodiram pontes, bombardearam torres de energia e lançaram um carro-bomba na véspera do pleito.
As Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) advertiram a população a não votar. Rebeldes paramilitares de extrema direita apóiam as eleições, e os opositores de Uribe afirmam que as milícias estão pressionando os eleitores a votarem nele.
Fazendo campanha com o lema "Mão firme, coração grande'', o advogado de 49 anos, que estudou em Oxford e Harvard, obteve um apoio enorme entre os colombianos, que estão cansados de um conflito que tem custado a vida de cerca de 3.500 pessoas a cada ano.
O direitista Uribe, que concorre como candidato independente, está prometendo aumentar em US$ 1 bilhão os gastos militares e dobrar o número de policiais colombianos e de soldados profissionais, para enfrentar os 17 mil membros das Farc, o mais antigo e poderoso grupo guerrilheiro da América Latina.
Uribe suspendeu a maior parte das aparições públicas depois que uma bomba quase o matou numa viagem à cidade costeira de Barranquila, durante a campanha eleitoral, no mês passado.
Supostamente proveniente das Farc, a bomba ricocheteou em seu carro à prova de balas e matou quatro pessoas.
Ele tem sido um incansável crítico dos malsucedidos esforços de paz empreendidos pelo atual presidente Andrés Pastrana, que fracassaram em fevereiro.
