Novo presidente colombiano pede flexibilidade a órgãos multilaterais
CARLOS A. DEJUANAda Reuters, em Bogotá
O presidente eleito da Colômbia, Álvaro Uribe, pediu ontem a compreensão das agências multilaterais de crédito no momento em que ele conduz uma cara campanha para conter 38 anos de violência e acabar com a pobreza, sua causa principal.
Uribe, que prometeu elevar o gasto com defesa em cerca de um terço, ou US$ 1 bilhão, disse que administrar o crescente desemprego e a educação são suas principais metas.
Segundo ele, os organismos multilaterais precisam ''reorientar'' suas políticas para assegurar a democracia na Colômbia. Uribe pediu que o banco central junte-se a ele para reduzir a pobreza que afeta 57% dos colombianos.
''Eu peço às organizações multilaterais que entendam o difícil momento para a economia da Colômbia, que tem um pronunciado déficit fiscal, uma situação muito complicada em termos de dívida, com uma previsão de que nos próximos dois anos o fluxo previsto das organizações multilaterais seja negativo'', disse Uribe em seu discurso após a vitória eleitoral.
A Colômbia é a quinta economia da América Latina e sua dívida pública total soma mais de 50% de seu PIB (Produto Interno Bruto).
Wall Street recebeu bem o advogado de direita de 49 anos, assim como sua promessa de acabar com a corrupção e a ineficiência.