Grupo de diabéticos luta por uso de células-tronco em pesquisa
da Reuters, em MadriUm novo projeto de iniciativa popular pedirá ao Legislativo espanhol o uso científico de células-tronco retiradas de embriões descartados por técnicas de reprodução assistida, seguindo os esforços já feitos pela Federação de Diabéticos da Espanha (Fede).
A Fede reuniu 535 mil assinaturas, ultrapassando as 500 mil exigidas para apresentação de um projeto de lei de iniciativa popular, anunciou a entidade na sexta-feira (24) durante uma entrevista coletiva.
O grupo continuará recolhendo assinaturas para a petição até 30 de junho, informou Rafael Sanchez Olmos, presidente da entidade. Além disso, a Fede planeja uma união com outras associações que apresentam interesse em doenças incapacitantes e degenerativas para organizar iniciativas semelhantes. "Vamos discutir nossa posição para ver se pode ser unificada", disse Olmos.
A Fede pede autorização para importação e uso de células-tronco embrionárias, autorização e regulamentação da clonagem terapêutica e para o uso, com propósito de pesquisa, de mais de 30 mil embriões congelados e estocados na Espanha.
O Partido Socialista Espanhol (PSOE) manifestou apoio à iniciativa durante um encontro com representantes da entidade na sexta-feira. "Temos mantido um intenso diálogo com a federação. Somos o único grupo que tem se encontrado com a Fede," explicou Jaime Lissavetzky, representante do PSOE.
Lissavetzky acrescentou que seu grupo continuará estimulando iniciativas e questionamentos sobre o uso de células-tronco em pesquisas. Ele informou que o PSOE vai fazer um pedido parlamentar de informações ao governo sobre a interpretação da expressão "não-viável" aplicada aos embriões, já que a legislação espanhola permite o uso de embriões com essa classificação em pesquisas científicas.
"Embriões com mais de cinco anos de idade não serão usados para implantação", disse o deputado. Na sua opinião, isso significa que poderiam ser considerados "não-viáveis".
