Reuters
27/05/2002 - 15h36

Presidente eleito da Colômbia propõe mediação internacional

da Reuters, em Bogotá

O presidente eleito da Colômbia, Álvaro Uribe, 49, disse hoje que planeja se reunir com representantes da América Latina, União Européia e Estados Unidos para discutir uma mediação da ONU (Organização das Nações Unidas)que ponha fim à guerra civil no país.

Ainda hoje, Uribe se encontra com o atual presidente, Andrés Pastrana, e com os candidatos derrotados. Ele foi eleito ontem, com maioria absoluta de 53%- algo inédito desde a instauração do sistema de dois turnos, em 1991.

Reuters - 22.mai.2002
Alvaro Uribe, candidato à Presidência da Colômbia
Sua campanha foi toda feita em cima da promessa de aumentar a ação militar contra a guerrilha. Após o resultado, porém, Uribe abriu as portas a uma negociação com mediação internacional, desde que os rebeldes deponham suas armas.

Uma das promessas dele era aumentar em US$ 1 bilhão o gasto militar colombiano. Durante a campanha, Uribe não disse de onde tiraria esse dinheiro. Atualmente, o país gasta 3,3% de seu PIB em defesa.

Com uma mensagem conciliadora, o presidente eleito, um dissidente do Partido Liberal, fez um chamado à unidade nacional e pediu o apoio dos rivais derrotados nas urnas, especialmente o candidato oficial dos liberais, Horacio Serpa, o esquerdista Luis Eduardo Garzón e a ex-chanceler Noemí Sanín.

"Preciso da ajuda das suas inteligências para que isso dê certo para a olômbia", disse Uribe, advogado que estudou em Oxford e Harvard e foi governador do Departamento de Antioquia.



Em suas primeiras declarações após a vitória, ele prometeu recuperar a autoridade do Estado combatendo a corrupção e a politicagem. Na campanha, havia prometido reduzir o Congresso e fechar embaixadas e consulados desnecessários.

O Departamento de Estado norte-americano felicitou Uribe pela vitória e prometeu colaboração nos temas de luta ao narcotráfico e ao terrorismo e melhoria dos direitos humanos. Washington apóia com 1 bilhão de dólares o Plano Colômbia, estratégia para combater o narcotráfico e também as guerrilhas de esquerda.

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