Reuters
21/05/2001 - 17h07

Quatro soldados russos são mortos na Tchetchênia

da Reuters, em Moscou

Soldados russos na capital tchetchena encontraram os corpos de dois soldados baleados perto de um mercado a céu aberto, e de dois outros militares que morreram em uma explosão.

Forças russas bombardearam as montanhas no sul da região e disseram ter matado dez rebeldes durante operações de busca e destruição, além de fazer dois prisioneiros. Ambos os lados tendem a exagerar as baixas do inimigo.

A agência de notícias "Itar-Tass! disse, citando autoridades, que dois russos foram encontrados mortos no fim de semana perto do mercado central de Grozny. Eles aparentemente tinham sido baleados nas pernas e executados com tiros na cabeça.

Pelo menos 12 soldados e policiais russos já foram baleados na cabeça ou apunhalados pelas costas no mercado, o lugar mais movimentado da cidade semidestruída. Os militares já tentaram fechar o mercado várias vezes, mas tiveram de recuar frente à multidão enraivecida.

A agência disse que dois militares morreram quando uma mina controlada à distância explodiu. Quatro ficaram feridos no incidente, ocorrido durante ataques-surpresa às posições russas na cidade. A Interfax disse que guerrilheiros tchetchenos fizeram 89 ataques semelhantes na semana passada.

Já são mais de 3.000 soldados russos mortos desde que Moscou lançou a operação militar na região, em 1999, para reconquistar o controle da república separatista. Também houve milhares de mortes entre os tchetchenos, mas não há um número exato no qual se possa confiar.

O controle russo sobre o território permanece precário, e suas forças lançam ataques regulares para fazer sentir sua presença nas regiões mais inacessíveis, principalmente ao sul de Grozny, onde os rebeldes mantêm grandes áreas sob seu controle.

A agência "Interfax" disse que caças russos bombardearam e lançaram mísseis sobre bases rebeldes nas montanhas. Artilharia de helicópteros atingiu pequenos grupos rebeldes em três ocasiões.

Na vizinha província do Daguestão, a Suprema Corte regional iniciou o julgamento de sete pessoas acusadas de participar de uma emboscada contra uma unidade da polícia especial russa, no ano passado. O atentado deixou 32 mortos. Os guerrilheiros conseguiram ainda fazer 11 reféns, que supostamente depois foram executados.
 

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