Europa quer que setor público lidere expansão da banda larga
da Reuters, em Bruxelas (Bélgica)Toda escola, hospital e cidade da União Européia precisa ter conexão rápida à internet até 2005 se o bloco quiser fomentar inovações tecnológicas e ampliar a produtividade. A recomendação é da Comissão Européia, o órgão executivo da UE.
Revelando sua estratégia de médio prazo para incentivar o setor de tecnologia da informação, a Comissão pediu aos Estados-membros que incentivem o desenvolvimento da banda larga nos serviços públicos.
O braço executivo da UE também sugeriu que os governos usem ajuda regional e outros incentivos financeiros para expandir as conexões rápidas à web em áreas remotas e pouco desenvolvidas, com a criação de uma infra-estrutura que talvez não seja comercialmente interessante.
"Queremos criar um círculo de estímulo ao desenvolvimento de infra-estrutura e conteúdo", afirmou Erkki Liikanen, comissário encarregado das políticas industriais do bloco. "Todos os serviços públicos devem ter conexão de banda larga."
Apesar de a concorrência estar reduzindo os preços das conexões, a banda larga continua cara na Europa, que tem apenas 2% dos lares equipados com internet veloz, contra 13% das residências norte-americanos.
Como parte dos esforços da UE de criar um serviço único de assistência médica no bloco, os governos deveriam investir nas conexões rápidas de internet entre hospitais e laboratórios, disse a Comissão, sem especificar a magnitude do investimento necessário.
A Comissão ressaltou que qualquer incentivo no setor deve estar de acordo com as políticas do bloco. Mas os Estados-membros podem intervir nas áreas em que o mercado não traga grande desenvolvimento.
"Os Estados-membros, em cooperação com a Comissão, devem favorecer o desenvolvimento da banda larga em áreas menos favorecidas e talvez usar fundos estruturais e incentivos financeiros."
Para ajudar na obtenção dos resultados, a Comissão sugere que haja uma reavaliação dos programas em andamento atualmente. O braço executivo da UE disse que poderá ampliar seus investimentos em até 30% dependendo da avaliação do projeto.
O bloco patrocina projetos de tecnologia em todos os países-membros e já reservou cerca de US$ 6 bilhões em investimentos para o período de 2002 a 2006.
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