Reuters
31/05/2002 - 12h03

EUA e Reino Unido pedem que seus cidadãos saiam da Índia

da Reuters, em Nova Déli

Os Estados Unidos e o Reino Unido pediram hoje que os cidadãos norte-americanos e britânicos na Índia deixem o país por causa do risco de guerra com o Paquistão.

"O Departamento de Estado pede que cidadãos americanos atualmente na ndia deixem o país", afirmou o Departamento de Estado norte-americano em um comunicado.

Um documento divulgado pelo governo do Reino Unido em Nova Déli informou que o conselho é uma "medida de precaução".

O Reino Undo já começou a retirar a sua equipe diplomática do Paquistão.

Os EUA haviam autorizado a saída de parte dos funcionários de sua embaixada da Índia.

"As condições na fronteira entre o Paquistão e a Índia e nos Estados de Jammu e Caxemira pioraram", disse o departamento em um alerta de viagem. "As tensões aumentaram para níveis graves e o risco de hostilidades militares maiores entre Índia e Paquistão não pode ser ignorado."

No Paquistão, onde os norte-americanos também podem sofrer ameaças de militantes islâmicos, a Embaixada dos EUA reduziu o número de funcionários ao nível mínimo.

A Austrália também informou que começaria a retirar funcionários não-essenciais da Índia e do Paquistão, países que são detentores de arsenal nuclear.



A situação entre os dois páises ficou tensa depois de um atentado ocorrido no dia 13 de dezembro, quando homens armados com rifles e granadas invadiram o Parlamento da Índia, em Nova Déli. O incidente deixou 14 mortos, entre eles os cinco terroristas. Nova Déli responsabilizou as guerrilhas islâmicas do Paquistão e preparou uma resistência militar na fronteira com o território paquistanês, pedindo a Islamabad que acabe com os militantes islâmicos.

No dia 14 de maio, supostos rebeldes muçulmanos contrários ao governo da Índia na Caxemira invadiram um campo militar e mataram mais de 30 pessoas, entre elas familiares de soldados.

O governo militar do Paquistão também disse que não permitiria que a sua parte da Caxemira fosse usada para atividades terroristas.

A Índia, que controla 45% da Caxemira, a considera parte integral de seu território. O Paquistão, que controla um terço, defende que um plebiscito determine a vontade do povo caxemire. À China pertence o restante do território.

Leia mais no especial Conflito Índia-Paquistão
 

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