Reuters
31/05/2002 - 15h35

Casa futurística da Microsoft terá eletrodoméstico inteligente

da Reuters, em Redmond (EUA)

A porta da frente abre com biometria —nada de chaves— e a cozinha lê receitas em voz alta, mas geringonças eletrônicas estão ausentes no banheiro. Na verdade, nem há um banheiro —pelo menos por enquanto.

Com tecnologias que demorarão de 5 a 8 anos para serem oferecidas ao público, o protótipo da "Casa Microsoft", exibido na sede da companhia, em Redmond (costa oeste dos EUA), dá aos pesquisadores a oportunidade de testar conceitos sobre como as pessoas usarão a tecnologia em seu cotidianas no futuro.

A casa não tem banheiro porque fica em um edifício da Microsoft, considerado uma instalação pública. Qualquer lavatório teria de ser construído segundo especificações oficiais, disse Jonathan Cluts, diretor de estratégia e protótipos ao consumidor da Microsoft.

"Não construímos um banheiro, pois ele seria como o que vocês têm em casa", disse ele.

"A idéia é mostrar como o software pode melhorar a vida das pessoas no futuro", disse Cluts sobre a casa, criada em 1994.

As pessoas podem não estar preparadas para esses avanços. Uma pesquisa da Accenture mostra que mais da metade dos consumidores norte-americanos afirmam não querer uma casa em rede conectada.

Cluts não se incomoda.

"Estamos comprometidos a construir tecnologia que se adapta às pessoas, não pessoas que se adaptam à tecnologia e sejam controladas pela tecnologia", disse ele. "Acreditamos que as pessoas vão abraçar tecnologias futuras por causa da utilidade em suas vidas, não porque têm uma rede ou protocolo específico."

Monticello contemporânea
Na frente da casa, ouve-se o cantar de pássaros. Um leitor de íris abre a porta. Uma vez dentro da casa, um sistema informatizado acende luzes, regula cortinas, temperatura, liga música e televisão, automaticamente de acordo com preferências, ou com comandos de voz.

Para chamar o sistema —que tem uma voz feminina pouco natural— Cluts usa as letras MC, uma referência a Monticello, a casa construída por Thomas Jefferson no século 18, uma das primeira com encanamento interno.

Em uma visita recente, Cluts demonstrou como o telefone, e-mail e outras mensagens podem ser lidas em um painel perto da porta de entrada, ou em TVs e micros pela casa.

A decoração moderna inclui obras de arte de todo o mundo, um piano computadorizado, divisórias de papel japonesas, e móveis de cerejeira.

Com ajuda da mãe
A cozinha é o ambiente mais funcional. O microondas tem leitor de código de barras para ajustar tempo e temperatura automaticamente. Etiquetas com freqüências de rádios em itens da geladeira fazem o inventário da comida e criam listas de compras automáticas.

Ao colocar alimentos em um balcão de mármore, um projetor no teto exibe receitas que podem ser feitas com aqueles ingredientes —e pode também ler a receita em voz alta.

Sempre ligado
O cômodo com mais personalidade é o quarto do adolescente, com uma cama suspensa, skate e prancha de snowboard, guitarra, pôsters de rock e jeans e camisetas jogados.

Cluts atuou como o personagem, colocando o boné que permite que o adolescente interaja remotamente com seu computador a uma distância de até três metros.

Nos vários aparelhos da casa, adolescentes podem ficar sabendo o que amigos estão ouvindo no rádio ou vendo pela TV, ou entrar em salas de bate-papo de texto ou voz.

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